Se me perguntarem qual a lembrança que tenho da minha infância, eu diria que a imagem que vem à minha cabeça, sou eu e minha irmã brincando na casa de São Paulo, lembro dos jardins internos, das paredes alegres, coloridas, de uma casa banhada de luz. Mas também lembro da época em que morei em uma daquelas casa geminadas, feitas para vender com o maior lucro possível. Mal projetada e por isso gelada, mal iluminada, ambientes bem segregados. ESSA EXPERIÊNCIA FOI CURTA, MAS ME MARCOU.

O ser humano tem o poder de se adaptar aos espaços, mas deveria ser o oposto porque as configurações dos espaços determinam a nossa qualidade de vida e a possibilidade que temos de ter acesso aos prazeres cotidianos como convívio familiar amplificado ou tornar mais prazeroso uma tarefa como cozinhar ou um lugar que psicologicamente te traz boas memórias e que sem você perceber, como disse Pedro Bial, INFLUENCIA NOSSOS HUMORES E POUCAS PESSOAS PARAM PARA PENSAR NISSO.

EU SEMPRE VOU DEFENDER QUE A ARQUITETURA NÃO É SOBRE ESPAÇOS BONITOS E SIM SOBRE PESSOAS, SOBRE SAÚDE MENTAL, SOBRE BEM-ESTAR E ESTAR BEM. Isso é muito interessante se você parar para pensar porque nós temos gostos diferentes, pensamos diferentes e nossos corpos são diferentes.

Por isso que unir estratégias de funcionalidade, conforto térmico, conforto acústico e sustentabilidade para trazer qualidade espacial às casas das pessoas com as demandas e o gosto dos clientes é o meio que encontrei de trazer mais qualidade de vida e mais prazer em viver para as pessoas. Isso provavelmente é fruto das minhas experiências com duas tipologias de casas totalmente diferentes, mas também sou muito grata à UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas) por me ensinar o que é conforto térmico, conforto acústico, eficiência energética e sustentabilidade.

Devo confessar que também escolhi arquitetura porque estava no meu sangue empreender e arquitetura é uma profissão que me dá liberdade de criar, me proporciona esse prazer. Em busca de um maior conhecimento sobre empreendedorismo e marketing, compreendi que ARQUITETURA COMERCIAL É MUITO IMPORTANTE PORQUE É UM DOS PONTOS DE CONTATO DOS CLIENTES e que se eu me aprofundasse em estudos de psicologia das cores, branding, visual merchandising poderia ajudar empresas a se destacarem do seus concorrentes, A SE DIFERENCIAREM POR MEIO DA ARQUITETURA E PASSAREM A SER VISTAS COMO UMA MARCA ORIGINAL E ÚNICA. TODAS AS GRANDES EMPRESAS FAZEM ISSO. Tenho certeza que você já julgou um restaurante só de olhar: se é caro ou barato, bom ou ruim, se vale ou não a pena entrar nele.

A vida é tão curta e torná-la mais agradável, prazerosa e autêntica é o papel da arquitetura residencial. Já o papel da arquitetura comercial é ajudar as pessoas trabalharem com que sonham e a se destacarem dos concorrentes, considerando que empresas fecham todos os dias. Por isso que eu, Juliana, sou tão apaixonada por ela. ARQUITETURA APENAS SOB O ASPECTO DA BELEZA É SUB UTILIZÁ-LA